2011 vai começar com Vale tudo! de Tim Maia do Brasil. Inicio meu ano, aqui falando do meu maior ídolo da música brasileira. Sebastião Rodrigues Maia, para os velhos companheiros da Banda Sputnik (Da qual faziam parte Erasmo Carlos e Roberto Carlos), sempre irá ser Tião. O gordinho encrenqueiro da Tijuca. O cara que trouxe o Soul para o Brasil.
Como dizia Caetano Veloso, em uma das apresentações na qual Tim Maia não compareceu:
"Telefonemas difíceis de decifrar acabaram revelando que ele não vinha. Mas com Tim Maia, o que seriam falhas se tornam enfeites, tornam aquilo ainda mais bonito. De modo que esse mistério estranho que envolve Tim Maia continua hoje aqui nos encantando".
Mas, se Tim não estava no palco e nem torrando unzinho pelo camarim, onde ele estaria na hora que ele não se apresentava nos shows?
Com um copo de plástico na mão, pouco uísque e uns bauretes, meio travado, meio chapado e meio alcoolizado. No estilo 'Maia'...
e Acenda Farol para mídia, ele era isso e ponto.
Deixo aqui para saudades de todos, frases típicas do autodefinido Preto, Gordo e Cafajeste.
- "Ô mermão, não bate isso não. Esse som é igualzinho ao da cadeia onde eu fiquei preso nos Estados Unidos".
(Frase dita no Estúdio da Polygram, durante o processo de gravação do disco)
-"Não liga não, mermão, não é só você não, todo mundo é corno, eu sou corno".
(Doutor de cornologia e sofrências, era o que dizia ser)
-"O Gilsomendonça, o chinês é que é esperto. O Chinês inventou o jiu-jítsu, o judô, foi misturando com caratê, artes maciais, defesa pessoal e acabou inventando a pólvora. E depois fez logo o revólver, que ele não é maluco, mermão".
(Frase dita no dia que sofreu um atentado de sequestro em sua casa)
-"Dr Nelson, estão querendo invadir a minha casa, então chama a polícia, mas é a polícia, doutor. Então chama os bandidos!"
(No telefonema ao seu advogado, no dia em que a polícia recebeu denúncia de "festinhas" em sua casa.)
-"O segredo do meu susesso é o equilibrio: metade das minhas músicas é esquenta-sovaco e metade é mela cueca".
(Em negociação com Manolo Camero)
- "É você que vai levar esse negócio? Hummm...Tu usa peruca, nénão? Ô minha filha, eu não quero suquinho, quero é que essa porra levante logo. Esse avião voa ou não?"
(Antes de ser retirado por seguranças para fora do avião)
- "O Sarney nunca tomou trezentos LSDs nem comeu churrasquinho do gato com Ki-Suco como eu; não tem experiência para ser presidente, eu seria melhor do que ele".
(Durante entrevista em Rede Nacional)
- "Olha Roberto liguei várias vezes, mas ela sempre dizia que você não estava, mais é mermão, tem que insistir, tem que insistir."
(Especial fim de ano na Rede Globo. Roberto Carlos e Tim Maia, revivem momentos no inicio de suas carreiras, quando Roberto já fazia susesso na Jovem Guarda e Tim Maia, mais conhecido como Tião na época, queria uma chance para mostrar a sua voz.)
-" Ô Nelsomotta, olha só esses teus amigos universitários, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Edu Lobo, Francis Hime, tudo formado, diplomado, doutorado, mas ninguém tem direito sobre as suas gravações, as gravadoras fazem o que querem com a obra deles, eles são roubados e não podem fazer nada, é tudo otário. Já eu, que sou o presidente da Vitória Régia Discos e da Seroma Edições Musicais, sou dono de tudo que gravo, posso vender, alugar, sublocar, faço que quiser com meus discos e eu que sou o doidão? ó Nelsomotta, se eu não fosse doidão seria um dos maiores intérpretes da América do Sul e do Norte e talvez da Europa, estaria sentado numa limusine, com um secretário tailandês, vestidos a caráter, no banco de trás. Por ser doidão, eu mesmo dirigiria o carro".
(Numa pizzaria do Neblon com um dos grandes amigos, Nelson Motta)
- "Já vai dona Maria? Já vai tarde mocréia"
(Discussão com uma das filhas da ilustre familia paulistana, dona de poderosa publicação. Durante o show no Maksoud Plaza)
- "I don't want to be disturbed, ok? Motherfucker"
(Falando com o taxista do Hotel Hilton, o qual depois desse ocorrido sua entrada no hotel foi proibida)
- "Ô Nelsomotta, como você é meu amigo, eu vou fazer esse show para você, mas vamos fazer o seguinte: como esse bondinho não vai aguentar meu peso, em vez de eu subir, você manda o povo descer que eu faço o show aqui na praça"
(Nelson Motta tentando convencê-lo de não faltar no show que iria ser realizado na Praia Vermelha-RJ)
- "E atenção, atenção, quem quiser fazer 'maquiagem', vem antes aqui. A gente desce com todo mundo maquiado. Eu quero todo mundo comportado viu? Chegando lá não pode ter papo de 'morou'. Tem que ser tipo 'sem sombras de dúvidas' e ' perfeitamente'."
(Discurso para a banda antes de se apresentar no show na casa do General)
- "Porra mermão, já começou? Até na casa do governador o som é uma merda?"
(Ao som da microfonia estridente que entrou pelo som do instrumento e todos da casa do General acabaram ouvindo)
-" Bebe você primeiro para ver se não estão querendo me envenenar."
(Uma de suas manias, quando ganhava alguma garrafa de Chivas Regal de 21 anos. Pedia para quem estava no lado, dar um gole, ou uma "esticada")
-" Ganhar para foder com Tim Maia é fácil, quero ver é dar pro Sebastião."
(Comentando com os amigos, após ter tido uma de suas noites com garotas de programa, na qual Tim, exigia ser chamado de Sebastião, antes, durante e depois do programa)
-"Essa música só tem um acorde, se você não aprender essa, pode desistir. Foi assim que ensinei ao Jorge e Erasmo"
(Na primeira aula que deu ao filho Léo, com violão)
-"Ai pessoal dizem que o Nelson Gonçalvez parou....de fazer show em São João de Meriti, né"
(Durante o show no Canecão, falando sarcásticamente sobre recente entrevista do veterano cantor sobre sua luta para se livrar da coicaína)
-" Mas isso só até as 22 horas, porque depois tá liberado geral."
(Frase que jogava para a platéia depois de cantar o refrão "Só não vale dançar homem com homem, nem mulher com mulher")
-"Os dois empresários brasileiros são Manoel Poladin, que é armênio, e o Marcos Lázaro, que é argentino, não é esquesito isso..."
(Em entrevista para os jornais, depois de terem cancelado sua temporada no Canecão)
-"A diferença entre eu e o Dicró é que no meu show todo mundo vai e eu não vou; e no dele, ele vai mas não vai ninguém"
(Depois do polêmico cancelamento de seu contrato, respondendo a suposta crítica que o sambista Dicró teria feito, suposta, pois este nem teria dito nada)
-"Sou um romântico, me apaixono e sofro. Tive algumas decepções amorosas tão doloridas que a dor piscológica vira dor física."
(Na entrevista de lançamento do disco, com um show no Circo Voador)
-"Se tu não arruma brizola no Baixo Leblon, tu não arruma em lugar nenhum."
(Para Cazuza, no camarim)
-"Parece coisa de artista."
(Na coletiva de imprensa, debochando de tantos jornalistas, antes de começar a responder as questões sobre seu novo album "Somos América".)
-"Esta música é pra advertir o Reagan para tirar as mãos de Nicarágua e não se meter com El Salvador; é um chamado para todas as Américas se unirem. É a guerra cultural. A América do Norte tem a bomba atômica, mas a América do Sul tem a cocaína, que também pode destruir o país deles. Lá nos Estados Unidos está uma cheiração total. A casa branca nunca teve um nome tão apropriado"
(Na coletiva de imprensa; falando sobre seu o título do seu novo álbum)
-"Ô Chicão Batera, vir aqui me cobrar é fácil. Eu quero ver é você me dar um carro novo, com toca-fitas para eu ouvir meu disco. Me dar um tapa na cara é fácil, quero ver é você me dar uma moto nova"
...Sentado com um baseadão, Numa tranquila, Numa relax, Numa boa.
Por Nelson Motta.
O som e a fúria.
EU VOU CHAMAR O SÍNDICO....TIM MAIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
