segunda-feira, 11 de março de 2013

Paixão Italiana, sangue Italiano e sobrenome Italiano.


Precisamos ficar ligado o tempo todo e nos perguntamos, por que a vida é assim?
Todo dia um filme novo está disponível, e não temos O melhor e sim histórias diferentes, direção, fotográfias que nos inusita, nos tiram da sala do cinema ou do quarto escuro e nos permitem viajar em um outro tempo, fugindo do nosso cotidiano, e não é isso o que falta? Os desconhecidos que vivem essas histórias. Para os leigos, minha dica é: Dê valor as coisas simples, o importante é quando você esquece que é um Filme. Para muitos, um bom cineasta, quer se aproximar mais da Vida do que do Cinema e eu, particularmente, defendo essa opinião.
Entretanto não vou ser hiprócrita, e dizer como têm amores, amigos e pessoas que passam e persistem em ficar na nossa memória, os filmes também. Aqui deixo a minha Paixão que tenho pelo cinema Italiano Clássico. Uma identificação, pois minha família tem descendência italiana e percebo o retrato de pessoas tão comuns e ao mesmo tempo singulares. Sem mais, revelo a estatueta dos meus preferidos cineastas/ filmes.

Federico Fellini

Federico, queria ter a sorte da talentosa e bela Giulietta de ser muito mais do que Primeira Atriz de seus filmes e sim a dona do seu coração. Poderia até copiar do Wikipédia e colar aqui a história de Fellini, mas prefiro falar do que ele provoca em mim. Marcelo Mastroini e Anita Ekberg protagonizam uma história do cineasta, chamada " A doce vida", sensual e provocante o filme critica com luva de pelica o espectador. Ao contrário de muitos diretores, Fellini não se diz autobiográfico e no filme expeli o que ele vê no meio da socialite, nos anos de aproximadamente 1924(nada diferente aos dias atuais). Já o clássico "Satyricon", mostra um universo visual tornando-se ainda mais particular, associa o termo "Felliniano" a tudo que parece excessivo, com cenários delirantes e evidente preferência por tipo humanos abundantes. Fellini, Fellini...

Giuseppe Tornatore
Para quem nunca assistiu e ama cinema, recomendo o mais tocante filme que já vi na minha vida: Cinema Paradiso. Não tem como ser um cinéfilo e não gostar desse filme! Uma história do início do cinema em uma pequena província italiana, onde as pessoas compartilham da mesma paixão: Cinema. Conta a história do menino, que um dia se torna um grande cineasta. Uma cidade onde as pessoas iam ao cinema contemplar os beijos, cultuar seus ídolos, torcer pela guerra e se emocinar com um abraço caloroso. Sendo reprimida pela igreja, os padres censuravam as cenas, para o filme ser exibido no cinema. Novamente encontramos uma nostalgia com os tempos atuais, onde Hoje, o próprio Papa renuncia pedindo "Renovação da Igreja". Voltando ao filme, mas do que uma mensagem, a interpretação italiana tanto do pequeno Salvatore Cascio (Com indicação ao prêmio Bafta de Melhor ator coadjuvante) quanto do grande ator Phillipe Noiret, que coleciona premiações. Além do restante elenco da cidade; onde ninguém passa despercebido e não vemos personagens e sim Humanos. Viva Cinema Paradiso! Obrigada Giuseppe, por contar sua história (Revelação: Giuseppe é esse menino que vive essa linda história).

Bernardo Bertolucci
Topa um "Último tango em Paris" com a companhia de Marlon Brando? Primeiro filme considerado Erótico. Pergunta: ele é de fato erótico? Não, o filme tem poder do erotismo em sua sensualidade e nos conduz ao fetiche : Encontros anônimos.
" As pessoas perguntam, por que escolhi contar a história de dois enamorados que não se conhecem e apenas se desejam. Muito simples, eu sempre sonhei encontrar uma mulher num apartamento vazio, um apartamento de ninguém, um lugar sem personalidade, e fazer amor com ela sem saber quem é. Queria repetir esse ato sexual à exaustão. A ídéia de "Último Tango em Paris" surgiu desse desejo." (Bernardo Bertolucci em entrevista a Jean Claude, Roma 24 de Abril de 1991).

Personalidade de sobra esses Italianos, não é? Autenticidade. Isso corresponde a minha idéia do que é um grande Cineasta e grandes filmes.
Por que fiquei com vontade de escrever sobre eles?
Estava fazendo uma reflexão da morte do Chorão, e a representação que ele teve na minha adolescência, e ouvindo novamente as músicas lembrei que de algum jeito, ele fez parte da minha vida. Comecei então a recordar pessoas que nunca tive o prazer de conhecer, mas que fizeram parte da minha história. Lembrei dos Italianos que fazem um papel tão importante em minha personalidade!

Ahh, deixo um Salve para o querido Pasolini, de quem eu gosto especialmente.