quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Ofélias... Um silêncio que grita





O que diria Shakespeare de ver renascer sua personagem dramática em um mundo pós moderno? Talvez ele, o homem mais sensível, homem com a aura mais feminina que já existiu, criador de uma representação da alma feminina. Representação tão impecável, que nem mesmo uma mulher conseguiu descreve-la tão perfeitamente em outro corpo.
É não é sarcasmo da vida, um homem desenhar-nos em versos no papel?

Nós...Representantes de um Eu feminino que não cabe na realidade. Transbordamos através de nossa arte, na tentativa de realizá-la com uma perfeição exigida por nós mesmas. A busca incessante e o vazio no final, ou por não preencher ou por não alcançar a realização, o inacessível êxtase existencial, o nascer da Angústia, o nascer de um escuro...

Será que Freud explicaria a intensa relação entre a mãe, filha e mulher? Dentre sonhos, projeções e fracassos, nós conseguimos sobreviver. Realizar ao desejo de uma mãe de menina/jovem/mulher/senhorita/dama artista: Ser uma atriz consagrada mundialmente.

O que nutri o sonho de mãe?

Sua mãe durante a adolescência, ia ao cinema para assistir Frank Sinatra beijar as estrelas de Hollywood. E quem seriam essas mulheres com uma sorte tão brilhante? Por trás dos beijos de Frank Sinatra?
Um dia nasce, uma até então menina de seu ventre, percebe-se que ela é uma artista. Na cabeça de tua criadora Frank Sinatra volta com nostalgia, as cenas com as mais elegantes e brilhantes atrizes vêm a cabeça, então Gracekelly, Anita Ekberg, Gina Lollobrigida parecem não possuir a mesma beleza.


Agora ela veio ao mundo. Ela quem? A futura grande estrela que beijara Frank Sinatra no cinema; sua filha. Somos a projeção dos sonhos de nossas mães.
Chegamos ao ponto crucial do que move uma mulher. Frank Sinatra? Charmoso, galanteador e famoso? Não. O que fez sua mãe se contorcer com um beijo de Frank Sinatra no cinema é a sedução de um Amor, a sedução de um beijo cinematográfico, a sedução de um homem apaixonado. Ele nos seduziu, nos encantou, nos apaixonou e... Agora, tocamos naquela mais frágil e tão vulgarizada palavra: Amor. Amamos.
Ah O amor... E me perdoe os enamorados, mas aqui me refiro a amplitude da palavra amor. Aquele sentimento que não basta viver em um único corpo, é preciso compartilha-lo.

A Ofélia Gracekelly se despede das telas do cinema e dispensa até a companhia cênica de Sinatra. Motivo? Ela literalmente conheceu seu Príncipe. Abdicou de todos seus sonhos e foi ao encontro daquela chama que persiste em não apagar: O Amor.
Coragem ou covardia? Contrariando uma grande maioria, penso na força que se precisa ter para abrir mão da própria vida. mas essa não seria a essência da vida? Amar?
Clarice Lispector foi uma Ofélia que dedicou sua vida ao amor, mas ao contrário de nossa princesa de Mônaco, ela encontrou um amante o qual passaria o resto de sua vida ao seu lado, nas noites mais escuras e mais frias, era não Ele e sim Ela. A literatura. Clarice no entanto amou durante a vida todos aqueles que a rodeavam, tanto seu primeiro amor, que foi um homossexual, quanto a sua mãe, precocemente morta, quanto seu filho esquizofrênico. Durante todos os amores, estava sua companheira, aquela a quem sua vida pertenceu: a escrita. E até a última respiração, ela ditava poesias, poemas e inspirações. E não seria um amor avassalador?
"Viver ultrapassa qualquer intendimento" Ela completa.

Eu sou amante, eu amo, o amor me move, eu respiro o amor. Eu tenho amor por aqueles que me colocaram ao mundo, por aqueles que compartilharam minha vida ao meu lado, por alguns amigos que pude escolher amar, por algumas paixões que eu achei que iria morrer sufocada, por meus sonhos, pelas minhas idealizações e finalmente, amo muito, mas muito: eu mesma.
O amor é sentimento ou um estado? Que seja, ambos são intensos e denso, nos confunde, é como uma dança onde não se pensa, só o corpo continua, o corpo é levado, o corpo é sozinho, o corpo se distancia da alma para dançar entre as profundezas de cada batida do coração. E essa dança nos seduz, ela nos promete algo não revelado. Mas há algo nela, que nos faz fechar o olho e continuar nesse emaranhado de sensações e deixamos nos levar pelas profundezes desse mar que se habite dentro de nossos corações.
Porém, como seria se um dia nos tirassem o embalado dessa dança, cortando a melodia da canção e dizendo-nos "Aquilo que você ama, não existe mais. Aquilo que você mais ama não te pertence. Mude seu amor"

Luto.

Luto, pois lhe pergunto: Como abandonar um amor?

Camille Claudel é obrigada a nunca mais procurar seu amor, mas grita ao mundo até ecoar aos ouvidos do autor de seu amor "Existe sempre alguma coisa ausente que me atormenta".
Elizabeth Bishop perdidamente apaixonada por um mulher, a perde para a morte "Não é difícil dominar a arte de perder"
Margarite Duras, dedicou sua vida ao tema Amor em todos seus filmes, declara-se perdidamente amante dele; Cinema"Donde pode nascer o amor? Talvez de uma súbita falha do universo, talvez de um erro, nunca de um acto de vontade."
Pina Baush, amou sua vida toda e fez desse amor uma obra de arte "Eu não estou interessada em saber como as pessoas se movem, eu estou interessada no que as faz mover."
Maria Madalena, a mulher que amou o filho de Deus, amou seu próprio irmão "Elas perguntaram à alma: ´De onde vens, devoradora de homens, ou onde vais, conquistadora do espaço?’ A alma respondeu, dizendo: ‘O que me subjugava foi eliminado e o que me fazia voltar foi derrotado…, e meu desejo foi consumido e a ignorância morreu. Num mundo fui libertada de outro mundo; num tipo fui libertada de um tipo celestial e também dos grilhões do esquecimento, que são transitórios. Daqui em diante, alcançarei em silêncio o final do tempo propício, do reino eterno’.”

Aqui entramos nela, minha fiel protagonista, aquela que Eu atriz vaidosa sempre me idealizei encenando-a no palco, encenando esse amor, tão visceral como: Ofélia.

"Em seguida, Ofélia, deixe-me comer o teu coração, que chora as minhas lágrimas" Hamlet-Máquina.




Através da comparação entre várias traduções de uma mesma obra, possamos entrever entre as palavras, marcas ideológicas e culturais. E é em busca dessas marcas que comparando três traduções populares de ‘Hamlet’: para descobrir o que cada versão faz com a personagem ‘Ofélia’, como cada tradutor, interpreta as linhas da filha de Polônio.

Já em sua primeira aparição, Ofélia promete seguir os conselhos do irmão e tomar cuidado com a afeição de Hamlet. Logo em seguida, ela aceita as ordens do pai, que lhe ordena que evite a companhia do príncipe, e rejeite suas cartas. Ofélia consegue, em algum ponto da peça, provar ser algo mais do que uma filha submissa? Ela se mostra realmente submissa a Hamlet também?
Antes mesmo de suas grandiosas cenas de loucura, em que finalmente estaria aparecendo, e ela estaria se mostrando já desligada das regras patriarcais, Ofélia não parece tão submissa, sob um olhar mais atento.
Primeiramente, antes do início da peça, ela já estava conduzindo alguma espécie de relacionamento com o príncipe, sem que seu pai soubesse. E esse relacionamento era recheado de cartas e presentes, que ela tenta devolver a Hamlet, em seu encontro forjado, e não apenas cartas, pois em seu dramático solilóquio, Ofélia fala da doçura de ‘musical vows’, fazendo com que tenhamos a impressão que vários encontros apaixonados tiveram lugar pelos corredores de Elsinore.

“A linguagem obscena de Ofélia durante a cena da loucura, assim como o ataque verbal de Hamlet durante a cena do convento, seriam indícios de que ela não era uma jovem ingênua”
Ofélia se revela em sua loucura, e sua verdade também aparece permeando seu discurso pela peça toda. Afinal, deveria existir algum motivo para atrair o amor um príncipe intelectual, e mesmo a aceitação da rainha, mostrada em seu enterro.
O amor de Hamlet, que não podia ser igualado nem unindo o amor de sua família inteira era real? Sabia ele que estavam sendo observados durante o encontro, e sua pergunta era apenas um teste da fidelidade de Ofélia? Pela reação violenta do príncipe, cheia de frases amargas e entrecortadas, podemos acreditar que a traição de Ofélia foi a queda da última barreira para seu mergulho na desconfiança total e o ápice da loucura fingida, assim como ser amada, testada, e abandonada por Hamlet foi o primeiro passo na loucura real de Ofélia. Já tendo se separado do irmão, a repulsa do amante e a morte do pai cortaram as últimas ligações da garota com a sociedade, cortaram as últimas ligações com o Amor. Não havia mais porque guardar seus pensamentos só para si...
Quando as baladas de Ofélia choram o amado, ficamos na dúvida entre seu amor filial por Polônio ou do amor sensual por Hamlet, mas em todo caso, percebemos que o dela é,

“(...) o último tipo de loucura: a da paixão desesperada. O amor decepcionado em seu excesso, sobretudo o amor enganado pela fatalidade da morte (Luto/Perda), não tem outra saída a não ser a demência. Enquanto tinha um objeto, o amor louco era mais amor que loucura; abandonado a si mesmo, persegue a si próprio no vazio do delírio. (...)
Se leva à morte, trata-se de uma morte onde aqueles que se amam não serão nunca mais separados. É a última canção de Ofélia.”

Assim, considerando Ofélia uma personagem torcida entre o amor e a lealdade, possuidora de uma submissão e de um desejo contrastantes que a levariam à loucura, podemos notar o apagamento ou o reforço de suas características através das diferentes traduções selecionadas. E antecipando o resultado dessa análise ligeira, o encontrado foi o apagamento das ironias envolvendo Ofélia, de modo a encaixá-la num modelo romântico, de donzela virtuosa e inocente.
Hamelt- "I loved you not"
Nunes traduz o trecho como “Nunca te amei” e “Tanto maior é minha decepção”, que, de certo modo, desvincula o ‘deceived’ que parecia tão intimamente ligado. Não se trata mais da garota ser a mais ‘desiludida e decepcionada’, mas sim, da sua decepção ser maior. Millor traduz “Eu não te amei” e “Tanto maior foi meu engano”, que diminui bastante a imagem pessoal e magoada do trecho. Enquanto Ramos usa “Eu nunca vos amei” e “Tanto maior foi meu engano”, o que mistura as duas outras traduções e consegue, pela força do ‘nunca’, contrastar intimidade com a formalidade do ‘vos’.
Quando Hamlet deixa a cena, com uma última ordem de partida. Ofélia se vê sozinha e revela seus pensamentos de desilusão amorosa, louvando as qualidades de Hamlet que se perderam com a loucura. É a beleza, a inteligência, a educação que se perdem:


A pesquisa superficial sobre a caracterização de Ofélia como modelo da donzela indefesa, demonstra que a tradução, no seu papel de re-escritura, guia o leitor conforme a visão da sociedade para a qual ela foi designada, e para um certo público alvo.

“Ofélia. Meu bom senhor
Como está Vossa Alteza depois de tantos dias? //Cumprimenta de modo formal
//Ofélia tenta manter o distanciamento.
Hamlet. Muitíssimo obrigado: bem, bem, bem. //Haveria certa ironia na resposta de
//Hamlet, devido ao tratamento formal de Ofélia quando estão sozinhos?
Ofélia. Alteza, tenho comigo alguns presentes teus
Que há muito tempo desejava devolver.
Eu te peço que os aceite agora.
Hamlet. Não, não eu.
Eu nunca vos dei nada.
Ofélia. Honrado príncipe, sabes muito bem que sim,
E com eles, palavras tão docemente perfumadas
Que os enriqueceram ainda mais. Mas, agora que esse perfume se perdeu,
Aceite-os de volta. Para alma nobre
Os presentes mais ricos perdem seu valor, quando cruel se mostra o doador.
Aqui estão, alteza. [entrega os presentes]
Hamlet. Há, há! És casta? //Pura, virgem
Ofélia. Meu senhor?
Hamlet. És bela?
Ofélia. O quer queres dizer, alteza?
Hamlet. Que acaso tu sejas casta e bela, tua castidade não deve permitir-se qualquer contato com a tua beleza.
Ofélia. Poderia a beleza, alteza, ter melhores relações do que com a castidade?
Hamlet. Certamente. Pois o poder da beleza logo transformará o que fora castidade em alcovitaria, ao invés da força da castidade tornar a beleza em virtude. Isso outrora foi um paradoxo, mas os dias atuais provam que é verdade. Eu te amei um dia.
Ofélia. De fato, alteza, me fizeste acreditar que sim.
Hamlet. Pois não devia. A virtude não pode se enxertar tão profundamente em nosso velho tronco sem que nos sobre sequer algum perfume dele. Eu nunca te amei. (...)

Ofélia. "E eu, entre as damas, a mais abatida e miserável,
Que experimentou a doçura dos seus votos musicais,
E agora vê aquele nobre e soberano raciocínio,
Como sinos rotos a tocarem estridentes e fora de tom;
Aquela incomparável beleza e os traços da juventude
Destruídos pela loucura. Oh, pobre de mim
Ter visto o que vi, e ver o que vejo!”

Assim, com desdobramentos, desconstruções e traduções. Me sirvo dessa Fonte de água, onde reconstruo, remonto, reescrevo e desmonto. Minha busca não é em ‘Hamlet’, mas em ‘Ofélia’, e aquilo que a personagem simboliza. Ofélia, que enlouqueceu por amor, enquanto Hamlet apenas finge que enlouqueceu. Ofélia, que se suicida, numa cena de beleza patética que define sua personalidade, enquanto Hamlet apenas cogita sobre o assunto. Ofélia, que não era uma donzela indefesa, mas que faz o papel de uma para que Hamlet pudesse brilhar em Elsinore. O príncipe poderia ter lhe dito “O meu destino pertence a outra Lei, de cuja existência está subordinado cada vez mais à obediência a Mestres que não permitem nem perdoam”, entretanto, ele preferiu guardar silêncio sobre seus motivos, silenciando também Ofélia.

O luto de Ofélia nunca foi sua própria morte, foi a morte de seu amor, a morte da esperança em tê-lo. A angústia é a escuridão.
Com a imagem turva vem a dúvida de não mais enxerga-lo, nunca tê-lo, ele o maior de todos: Nosso Amor.

“…Há uma ilha crescendo dentro da noite
Não há salva-vidas quando o escuro vem…”

Ofélias flutuam no mar de sentimentos.


Finalizo esse meu esboço de fronte à uma peculiaridade, de sermos Mulheres Artistas e Amantes (aqueles que possibilitam o amor) da Vida. Somos eternas Ofélias onde Jesus Cristo se ressuscitou em forma Shakespeariana, ao escrever o esboço feminino de uma loucura latente de mulher. Eternas e Ternas Amantes da Vida. Finalizando este rascunho, escolhendo uma Ofélia o qual sua história de vida foi fascinante e enlouquecida. Junção de uma Mente (Simone e seu amante Sartre) brilhante explorando o jogo dos sexos, "confronto a mentalidade hipócrita dos mortais e a oposição entre masculino e feminino, ninguém nasce mulher, tornar-se mulher" completa a mulher que mais amou um lunático, filósofo existencialista.


"A impressão que eu tenho, é de não ter envelhecido. O tempo é irrealizável, provisoriamente o tempo parou para mim, provisoriamente. Mas não ignoro que as ameaças que o futuro encerra, como também não ignoro que é o meu passado que define a minha abertura para o futuro. O meu passado é a referência que me projeta e que eu devo ultrapassar. Portanto ao meu passado eu devo meu saber e a minha ignorância, as minhas necessidades, as minhas relações, a minha cultura e meu corpo. Que espaça o meu passado, deixa para minha liberdade hoje: não sou escrava dele. O que sempre quis foi comunicar de forma direta ao sabor da minha vida, unicamente o saber da minha vida e acho que consegui faze-lo. Vivi em mundo de homens, guardando em mim o melhor da minha feminilidade, não desejei e nem desejo nada mais do que viver sem tempos mortos"
Simone Beauvoir



Colaborações:
http://www.samila.com.br
http://cabinecultural.com
http://lounge.obviousmag.org

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Como ele quer




Me fez ficar muda e me deixou com cara de mistério.
Tirou meu sutiã e me pediu em tom sério:
Deita-se.
O seu mundo regulamentar e suas risadas,
irão me conquistar
você vira e completa:
eu quero você, como eu quero.
Quero
Quer
Queremos.
O que eu precisava de um retoque total
você transformou o meu rascunho em arte final
agora não tem jeito, estou em uma cilada
cada um por si, eu por você e mais nada.
Você me quer e eu te quero.
Quero
Lero
Querer-me

Longe do seu domínio
eu vou de mau a pior
vem e me ensina como ser bem melhor.

Solos de risadas me conquistaram.


L.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

The good side of life

Tão natural quanto a luz do dia...

Virginiana? Sim senhor, perfeccionista ao último nível e por pouco com um toque imperdoável. Meu deus?! Existe esse combustão de humano? Sim, sou eu, Letícia Líbero Munhoz dos Santos. Como essa pessoa vive? Remédios e tratamento psicológico com regularidade. Bom, apesar dos pesares, me orgulho do meu caráter e da educação que recebi. Não tive muitos amigos ao longos dos meus anos de escola e faculdade. Gosto do meu silêncio, das minhas pausas e da minha companhia. Claro, que as vezes me sinto deslocada do mundo. Afinal, tenho 22 anos e não gosto de balada, nem muvuca e não tenho paciência com "jovens" da minha idade. Não costumo ser tão sincera quanto agora, mas já que preciso ser verdadeira para o tratamento ter qualquer efeito ou diferença, prefiro ser modesta quanto ao que sinto. Minha vida amorosa? Bom, até hoje não conheci alguém que faça mudar o meu conceito do que é me relacionar com pessoas. Minha relação com meus familiares? Minha família é do interior, embora agora morem aqui. Porém mantem o padrão de cidade pequena, são humildes mas com muita educação e ética. Sem base cultural sólida, o qual eu tomei gosto logo de pequena. Desde pequena tenho um hobbie; escrever. Tenho um caderno com todas as minhas anotações, poesias e poemas. O que penso das minhas poesias? Elas sintetizam o que sinto, por tudo que eu passei esses 22 anos, todos os livros e escritores que eu vivenciei lendo e minhas vivências. Em suma: a soma do que sou. Minha formação? Estou no oitavo semestre da faculdade. Se eu gosto do curso? Nunca fez parte dos meus sonhos ser advogada, mas pela dificuldade de precisar ter uma instabilidade financeira, iria ser difícil conseguir essa instabilidade como Poetisa. Precisava ter alguma formação que me desse uma tranquilidade para poder viver e escrever. Por que escolhi direito? Acho um curso menos pior que os outros, também têm muitos filósofos e poetas que tiveram a formação em Direito por compartilhar da mesma ideia: algo se conecta como uma busca da essência e para quais fins usa-las.

Grata por hoje,

Letícia.

MAPEAMENTO DE UMA CONQUISTA.
MEISNER
"COMO EU ME SINTO" "EU SINTO"

Dias depois de um vendaval...
(texto do eu quero)


Referências de atuações:

"O diabo veste prada"
A decidida/ insegura (Anne Hathaway)

"Cisney Negro"
A sensível/ vai até seus limites( Natalie Portman )

referências próximas:

-Perfeccionista, advogada, decidida e insegura= Paula
-Inteligente, meiga, tímida e romântica= Pâmela

Detalhes estéticos:

Kilo = 53 k
Cabelo = No ombro
Unhas = Esmalte branco

preferências de filmes= Drama e documentários
preferências de escritores= Fernando Pessoa e Clarice Lispector.
preferências de música= Música Popular Brasileira e Cantoras Americanas.



Dualidade do humano:

-embora seja tímida e retraída, vou me esforçar para não ser.
-o fato da virgindade, vem de um perfeccionismo para comigo, de não ter encontrado um homem que me deixe confortável.

Como é esse vendaval de você conhecer uma pessoa, que desmonta tudo o que você idealizou de certo e errado. Fazendo com que você se jogue no escuro e pule no precipício, apenas confiando, querendo confiar ou não tendo escapatória, pelo coração já não te pertencer mais.