segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Beatriz

O alter ego de quatros atrizes, que escondem-se atrás de seus personagens, apelidado de "Beatriz". Junto com o alter ego a reflexão de suas vidas entrelaçam-se com suas personagens. Com quatro questionamentos de mulheres e artistas: O que as movem? Amor, transformação, equilíbrio e a busca pela evolução. Contrapondo com as críticas tanto da sociedade quanto das pessoas que há cercam , "Beatriz" é olhar mais obscuro e verdadeiro de um universo inquieto de Atriz.


Defesa de projeção - A projeção é o quinto olhar da peça, visto que os outros quatro são das atrizes, o da projeção seria o olhar coletivo.

Defesa das cenas - Todas as cenas possuem personagem, mas são interpretadas duplamente. Uma com o personagem, outra sem o personagem (nossa vivência real perante ao que estamos abordando da cena). A última interpretação, pode ser representada por performance corporal. Ambas as cenas questionam o que as move e possuem crítica de suas escolhas.

Defesa de figurino = todas com vestidos esvoaçantes na cor nude, próximo a uma camisola. Mantendo-o durante a peça e se houver trocas de figurinos apenas para a ação da cena. Todas com calcinha ou algo similar cor de pele, por baixo.







Palco = com sensação térmica de fogo, fumaças e luzes vermelhas. Poluição visual.
(Observação do objetivo inicial, o fogo e fumaça representando a nebulosa mente da atriz. Beatriz é o nosso íntimo, o nosso Eu artista, o nosso Alter Ego. Temos que fazer a plateia adentrar-se a nós.
Áudio = Entrevistas atrizes e de nossas conversas. Poluição sonora.



Naná estará locada na parte de trás do teatro, recepcionando o público em seu/nosso mundo.

No palco, estarão Mari com uma balança de equilíbrio/gangorra, Lari com movimentos de casulo (borboleta) e Gabi com movimentos respiratórios, internalizando Anne Frank.(Movimentação inicial das atrizes se baseará nas instalações de cada uma) Num primeiro momento, cada uma ficará com sua partitura. Depois, essas partituras começarão a ser repetidas pelas outras atrizes, transformando-se num "coro", onde fique expresso que todas somos uma só.



Terceiro sinal (Black Out). Sonoplastia de batida de porta.

Todas as atrizes auxiliarão na encenação dos sentimentos expressos ao longo do texto. Dando o efeito sonoro de eco.

Texto Anne Frank

"Lembro dos seus olhos procurando os meus. Nós estávamos sentados, eu de um lado e você do outro no mesmo espaço. Fingíamos nos distrair com outras coisas, mas nossos olhares terminavam sempre se encontrando. Meu olhar quando encontrava o seu, disparava junto com as batidas clichês do coração. Naquele dia você era apenas um desconhecido...Eu via no seu jeito, um modo sem jeito de se comportar na minha frente. Queria que você me ensinasse algo...Sentia sua atenção em mim e me corava por dentro...sentir isso, me faz sentir viva.
Eu sei o que eu quero, tenho duas em mim. Sou aquela que os outros querem que eu seja e sou aquela que eu quero ser. Mas no fundo, me confundo. (risadas) As pessoas daqui me julgam porque falo demais, porque tenho muita opinião, me chama de "sabichona" e dizem que eu ainda tenho muito a viver...Sou nova! De fato tenho muito o que viver. Mas me considero mais madura do que as outras da minha idade, gosto de ficar olhando a natureza e ver o quanto a fé me preenche...Hoje, meus sapatos apertam, minha roupa está mais curta e meu rosto não sorri com tanta facilidade como antes. Mudo tanto, que tenho medo no que me transformo..
Acredito que no fundo as pessoas são boas! Não nasci para ser esquecida, quero continuar vivendo depois da morte."


Sonoplastia de alguém batendo na porta.

Risadas. Um abajur acende do palco.

Todas as atrizes estão em cena, com a Lari no centro, iluminada por um abajur. O restante das atrizes será o contraponto das intenções da "personagem" da Lari.


"Por que você se isola tanto, Marie? Está acabando com a sua juventude! Você está ficando pálida! Pare de fumar! Olhe para os seus dedos, estão amarelos como os de um chinês. E os seus dentes! Meu Deus! Manchas de tabaco em todos eles. . Marie, Marie! Por que você se isola tanto! Está destruindo os seus nervos. È Por isso que está sempre irritada... Você não consegue dormir! Você age como se estivesse enlouquecendo! Você diz que quer ser livre...Mas não sabe lidar com a solidão, isso está destruindo os seus nervos. Ah! E não adianta gastar dinheiro com especialista para nervos se você continua se isolando eternamente Marie! Você pinta e fuma, pinta e fuma, pinta e fuma o tempo todo Marie! Eu mandei você para as melhores escolas. Você fez a viagem mais cara pela Europa. Milhares de dòlares gastos com você. Eu fiz você conhecer as pessoas certas. Todos os bons partidos da cidade. Vivemos alem das nossas posses. Contraímos dividas, você sabia disso? Só para ter uma educação apropriada, Marie. As melhores oportunidades. Mas isso nao pode durar pra sempre. Você sabe que já não é mais tão jovem. Você tem que se erguer. Você não precisa ser bonita, mas pelo menos sorria.
Represente pra eles, Marie! Deixe-os perceber que você tem alegria de viver.È o que eles querem. Represente para eles, represente para eles, Marie!"

Lari leva a mão ao rosto e grita
"CALA A BOCA"
Sai correndo para dentro de um casulo. As outras atrizes vão amarrando o pano nela. E depois vão saindo enquanto a olham presa desesperada no casulo. Seus movimentos vão se tornando mais lentos e calmos.

"Eu me adapto facilmente em qualquer lugar. Facilmente. Eu me considero em constante metamorfose. Casulo Processo Borboleta, Casulo Processo Borboleta. Um ciclo...As vezes não tem fim...Como Clarice dizia...eu vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo dos esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e Deus. Eu já passei por muitas metamorfoses na minha vida, (muitos risos), muitas...não importa...porque o que me move é saber que sempre haverá uma borboleta. se é bom eu não sei...
Eu tenho isso desde pequena...Sabe, meu irmão sempre me dizia que eu tinha múltiplas personalidades...E eu tinha medo! Eu não sabia se isso era problema, se eu devia entrar em psicólogo ou não! Mas ele sublinhava...Você não é ninguém! Como ser todas em uma só? Quem é você Mulher?
É agonizante pensar nisso..Quem sou eu...é como o universo, eu tento entender, decifrar, átomo, elétron, parede água. Mas eu não consigo. Quem é você? Você e você? Você é o que você faz? Você é o que pensa? Dizem por ai que você é o que você come...(risos)
Quem sou eu..."

Uma luz do efeito com efeito transforma o casulo em borboleta em um jardim, começa somente o áudio do vídeo da Mari. Depois a borboleta vai se transformando na projeção da Mari pequena com a corda.
Entram as outras duas atrizes, em um ritmo descontraído e começam a bater a corda. Obs: a projeção de mari com a corda, fica em slowmotion.
Barulho de batida na porta: entra Mari montada de Blanche. Vai para o centro do palco, onde encena pular corda.



Luz aumenta gradativamente. Gabi, Naná e Lari estão amarrando Mari, que está caracterizada de Blanche. Conforme o andar da conversa, Blanche, aos poucos, irá se desmontando.



"BLANCHE - Minha juventude, de repente, foi embora por um cano de esgoto.
BEATRIZ - Nossa, você fala como se fosse velha... Por acaso, qual é a sua idade?
BLANCHE - Minha idade? Por que quer saber minha idade?
BEATRIZ - Curiosidade, oras...
BLANCHE - Olhe, você vai me perdoar, mas não me sinto a vontade falando sobre isso...
BEATRIZ - Desculpe-me, não quis te constranger...
BLANCHE - Não, não me constrangeu... Só não gosto de falar sobre isso pois encaro a passagem do tempo de uma forma que as pessoas não entendem... Para mim, uma hora não é apenas uma hora, mas sim um pedaço de eternidade que cai nas minhas mãos... Mas já que você tocou no assunto, posso te confessar uma coisa?
BEATRIZ - Claro.
BLANCHE - Me preocupo com a idade por causa dos duros golpes que a minha vaidade já recebeu; minha pele já não é mais a mesma, meu corpo já não responde da mesma forma que respondia antes... Mas, mesmo assim, recuso-me a me considerar uma mulher frustrada. Beleza física é algo efêmero. Uma posse transitória. A beleza do espírito e a ternura do coração, e eu as tenho, isso não se pode tirar. Ao contrário; elas crescem. Crescem com os anos!
BEATRIZ - Concordo com você!
BLANCHE - Obrigada; ao menos, alguém concorda comigo! Porque, aparentemente, muitos nem levam isso em consideração. É impressionante como perdem o interesse na gente tão depressa... Especialmente quando a moça já passou dos... trinta... (Blanche pára de pular).
BEATRIZ - O que foi?
BLANCHE- Machuquei meu joelho.
BLANCHE - Como uma mulher pode ser autêntica quando ela está inserida num mundo de mentiras?
BEATRIZ - Olhe, sinto dizer, mas acho que o jeito é você jogar conforme a principal regra do jogo deles...
BLANCHE - E qual é ela?
BEATRIZ - A regra de que o encanto de uma personagem é 50% ilusão. Eles não querem saber se você machucou de verdade ou mentira. Eles não querem realismo. O que eles esperam do teatro é Magia.
BLANCHE - Mas sou uma pessoa correta... Nunca menti em toda a minha vida!
BEATRIZ - Talvez, então, esteja na hora de começar... Se quiser ser amada por eles."

Vídeo da Cleyde Yaconis, sobre a disputa de atuação e cumplicidade.
Simultaneamente duas atrizes atrás do pano estão fazendo a performance da parede. Referência Marina Abramovic. Até chegar a exaustão.



Que resultará na Cena do Meisner. O estímulo será "Você me apagou em cena!".



Sonoplastia - mãe da Naná.

Naná de vestido entra correndo; ela corre, ela cai... ela corre, ela cai.

Texto Naná: "Sabe o que é o medo? Medo é um sentimento inaugural ou inaugural é um sentimento de medo..."

Naná chega a exaustão e cai por completo.

Quando a mesma começa a soltar o texto, as outras atrizes entram e começam a montá-la como boneca, saindo da desconstrução para a construção da menina-boneca, até terminar o texto. Nessa ação das atrizes, intercalam-se sentimentos de amor e desamor.


Texto personagem:
"Sim,é verdade eu amei você acima de qualquer coisa nesse mundo. Porem você não me compreendeu e eu nunca compreendi você. Até está noite. Não me interrompa,ouça o que eu tenho pra dizer.
Você não sente uma coisa estranha com o fato de nos dois estarmos conversando assim?
você reparou que em 31 anos esta é a primeiras vez que nos dois, vc e eu temos uma conversa seria como pai e filha?
Desde o nosso primeiro encontro, nos nunca trocamos uma palavra sobre assuntos sérios...O que eu estou querendo dizer, é que nunca nos unimos seriamente para chegar ao fundo de nenhum assunto, o que eu quero dizer, é que voce organizou tudo de acordo com o seu gosto e assim eu passei a ter os mesmos gostos ou até mesmo tinha fingido..não sei. Eu nao sei mais distinguir uma coisa da outra. Eu preciso ficar sozinha, se eu quiser compreender a mim mesma e se possivel a todo resto."

poema de Maltilde Campilho (-Fevereiro.) junto com o video do primeiro beijo do cinema.
Finalizando a cena da Naná.

e ao final chamar para dançar.
atrizes dançam.

Barulho ranger de porta.

Entram atrizes no palco, uma a uma, com uma reza baixinha ("consoantes"). Velas grandes acesas nas mãos - que serão deixadas em volta da Gabi. Atrizes saem de cena; Gabi sentada numa cadeira com a cabeça imersa em um balde de água.

Enquanto isso, áudio da Adrianny, prima de Gabi, dizendo uma parte do texto de Anne Frank, intercalado com áudio de bombas, barulho de manifestações nas ruas e áudio de seu pai.
Tira sua cabeça do balde, com ar de sufoco; pausa para respiração. Sonoplastia de chuva invadindo o palco. Despida, pega o balde e lança-o no chão ao centro do palco e vai jogando a água sobre seu corpo; Beatrizes (as outras atrizes) entram e saem do palco de uma forma mecânica e circular, cada uma demonstrando como se "despe" da personagem que estava e se molhando cada vez mais enquanto Gabi dá o texto.

Texto Gabi
"Eu sou, eu Estou
não sou, e nada restou
ela permanece em mim
ou eu estou dentro dela?
nos perdemos, eu e ela
entramos em um jogo de amor
e eu a odeio e a quero
ser somente
dela. Em que momento a gente se perdeu?
Qual foi o momento que nossos laços se romperam?
Te trai, pois sabia desde a primeira leitura
você morreria
e te representei como se nada fosse lhe acontecer
eu te enganei e me enganei
Nessa dança nos despimos
e agora estou
nesse camarim que me restou
sozinha, distante Daquela
que um dia se entregou"

A cortina transparente desce e as atrizes estão encharcadas. Sonoplastia de água, com iluminação azul.

Inicia-se a projeção de nós no camarim (será filmado) enquanto acontece o aúdio da "atriz escolhida, ou atrizes que entrevistamos"/ referência Cleyde Yácones. Esse vídeo/projeção terminará com as quatro saindo por uma grande porta.



Black out

FIM



referência figurino:



me identifico com essa angústia




Menina 1 coloca a lente de contato no olho.

Menina 2 abre seu guarda roupa para pensar.

Menina 1 olha para a janela de um prédio alto e olha para baixo.

Menina 2 abre a geladeira para pensar.

Menina 1 dorme e é acordada com um barulho de notificação do celular tocando.

Menina 2 pega o elevador e olha com olha para os botões dos andares(sonoplastia de pessoas conversando no elevador)

Menina 1 pega o elevador vazio

Menina 2 corre pela rua
Menina 1 anda pela rua.

O andar das suas se cruzam, quando Luis sai de uma porta da delegacia fumando nervoso, no meio entre as duas. Slow motion com os três em cena, slow até os personagens ficaram paralisados, dando uma ideia do tempo parado exceto pelas folhas se movimentando e a fumaça do cigarro de Luis.


VOZ OFF Noticiário: Jovem branco da alta sociedade é solto após acidente de carro envolvendo uma menina não identificada de 19 anos, a vítima não resistiu aos ferimentos graves. O advogado do réu, declara-o inocente, alegando que seu paciente estava alterado em decorrência de remédios previamente consultados com prescrição médica. Luis Gonzalvez Marttini, 25 anos, pagou a fiança. A família da jovem pede justiça.



Menina 1 observa de longe a menina que passou correndo até ela sumir de vista

Menina 2 olha para trás antes de sumir de vista

Fade out

SONOPLASTIA: batida de carro ao fundo


barulho de pessoas falando /sonoplastia do acidente; gritos)



Find out

Baseado em fatos reais que PODEM ser reais.

Fotos dos dois atores, durante a infância e adolescência.

Fundo Musical/Referência musical:

https://www.youtube.com/watch?v=Twg25xkACwo.

Créditos Finais.





"Vivo enterrada diante de ti,
Situações cotidianas que nos exprimem Angústia. As duas meninas são a possibilidade de um encontro na vida de Luis.
Uma irá encontra-lo e outra reencontra-lo. A vida de encontros e desencontros que os personagens exploram diante da Angústia que acompanha-os, em suas ações vista como cotidianas."

Defesa dramaturga

Menina 1, representa a ação do pensamento
Menina 2, representa a passividade do pensamento
Luis , a possibilidade física do pensamento





quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

She's All That




Acha que eu sou comum? Acho que não tem nada pior do que ser comum.





Um dia você pega sua bicicleta e acelera pela rua, nesse dia você corre tanto com ela que sente que poderia morrer ali mesmo, pois morreria sentindo o vento entrar em você mesma.
Digo mesma, pois Sou Eu. E não poderia me julgar Mulher, mas também não seria humilde para me considerar Menina. Sou aquela que balança seu coração, aquela que você sonha nas noites solitárias, aquela que você tanto desejou e ao mesmo tempo paro e me pergunto: Quem eu sou?
Desde meus cinco anos, consigo tudo que quero (claro que talvez não no exato momento da vontade, mas consigo. Namoro com o universo e ele me manda tudo que eu desejei). Nunca desejei tanto quanto eu desejo você...
Voltando aos meus cinco anos, minha vida na escola era uma brincadeira, até hoje talvez seja. Na minha primeira comunhão, ganhei meu primeiro namorado. Tito, era um menino da minha rua que andava de Skate e as meninas babavam, ele tinha cabelos nos ombros e fala de um jeito engraçado. Beijei Tito no dia da minha primeira comunhão, selei um pacto com meu primeiro pecado, tinha 11 anos e tinha gostado do gosto da lingua, e do abraço apertado de um homem.
Fiquei viciada nesse abraço, nessa lingua, nesse jogo...And...So! Let's go to play
No dia da minha crisma, ptz! acabei de lembrar! Não fui...Peguei um onibus e fui para Santos na casa dos tios do Elias, eles fizeram um churrasco e Elias ia me apresentar. Elias tava terminando a escola e ia prestar vestibular, mas nesse churrasco que conheci minha sogra, conheci também seus planos. Ele ganhou dos seus avós um intercâmbio para California. E eu?

Você tinha me falado que eu era a garota mais linda que você já conheceu...Eu lembro! Você tinha me dito que eu era linda. Não sou linda? Então por que não me quer mais?

And he goes...
Ele se foi...
Assim como a lembrança do nosso primeiro beijo e do dia do Crisma que eu faltei.
Na verdade isso fazem meses, pois logo teve uma festa incrível e conheci o Fil. Fil é o um dos caras mais incríveis que eu conheci! Ele tem a minha idade, mas repetiu um ano. Ele tem uma banda, toca guitarra e fala alemão. Demais né? Morou com os pais quando era criança em Berlin e veio para o Brasil com 11 anos, por isso vai mau na escola e tem sotaque alemão. Só não gosto das suas espinhas, mas parece que ninguém liga também para isso...A Jéssica Sitil da oitava b, outro dia mandou um correio elegante para ele se declarando e depois disso outras quatros meninas escreveram na parede do banheiro, o nome dele e um coração. Eu sei o nome de duas, mas não vou ficar comentando porque são minhas amigas e é mancada.
Não posso falar para ninguém, mas esses dias ele me mandou um inbox se declarando para mim e me convidou para tomarmos cerveja.
Hhahahaha
Ok! Eu sei! Não tenho idade para isso, mas o que é uma cerveja perto de tudo que pode acontecer a uma garota de 15 anos?
Sei me cuidar, e nunca precisei da minha mãe! Na verdade, pode ser pecado falar, mas talvez ame mais papai do que mamãe. A gente não se dá bem, parece que ela não gosta do fato de eu poder me virar muito bem sem ela...Foda-se! Sorry Mom

Sobre o ricardinho, quero que seja segredo. Não vou assumir nada com ele, ele é muito idiota e só pensa em futebol, mas não vou mentir...gosto do seu beijo, do seu carinho...

por que eu to falando tudo isso? Se o que eu quero é você...

Não aceito não como desculpa
quero voce

D.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Degeneradas

Pelos cantos de um beco sem saída, pelas vielas de uma cidade destruída, pelos canos de um cidade cosmopolita... Viera a nascer. Suja?

Fios soltos, entrelaçando-se nos desvios de suas conexões, conexões que levam ao acaso do caso de um destino sem destino, de um emaranhado universo de personagens em um íntimo tão feminino que só pudera germinar de um ventre tão mulher.
Dela ou ela?

Por uma neblina de pensamentos, por uma nebulosa atenção da ação que não age.
Dentro dela ou por ela?


Existira! Eu a espio pelo buraco da fechadura de uma casa enorme abandonada, onde adentram seus pesadelos, seus medos e suas convicções, então... A venero, a desejo e a desprezo, entretanto entanto tentando... Vivo-a para senti-la.

Sob um olhar,
Degeneradas.