terça-feira, 17 de abril de 2018
Eu, Teresa
Eu,
Sem eu, nem mim
nem tupiniquim.
Sem história,
nem memória.
Só prosa
por hora.
Um dia fui eu,
no outro não-eu
e quando vi,
já não me via
não me reconhecia,
só me perdia.
Entre comprimidos assumidos,
tarjas e facas,
taças e ruaças.
Em você eu me vi.
No branco dos seus olhos me perdi.
Cade ela? Alguém a viu?
Ninguém sente a falta dela,
porque eles acharam aquela,
que por hora merecia,
viver na caricia de uma mão,
ou seria ilusão? frustação, decepção, desilusão
tanto ão,
para um chamado "machão"
que me pegava, me levava,
me ninava, me gritava,
calientava e falava
"Cade ela? Alguém a viu?"
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